TUPI 2 x 2 CAXIAS: DESSE JEITO, FICAR NA SÉRIE C VAI SER LUCRO

21/07/2012 21:43

 

O Tupi jogou muito mal novamente, desperdiçando o primeiro tempo e partindo para o desespero no segundo. No plano tático, Moacir postou o Carijó num 4-2-3-1, com Fabinho pela direita, Magalhães pela esquerda e Ademilson no centro de ataque. O time gaúcho veio inicialmente num 5-3-2, afinal os alas estavam recuados formando uma linha de cinco na defesa. Esse foi painel tático inicial do duelo:

 

 

Porém, apesar do Caxias começar acuado, o Tupi não soube aproveitar, afinal apresentava em campo um futebol lento, óbvio, sem inspiração e sem movimentação. Michel, como sempre, estava nulo pela esquerda. George ficou muito recuado e Ademilson, mais uma vez, ficou isolado na ponteira de ataque.

Sem qualquer volume de jogo ofensivo, o Tupi encorajou o Caxias, que adiantou os alas e formou um verdadeiro 3-5-2 no tablado, passando a ter vantagem no meio de campo. Ao perceber o crescimento da equipe gaúcha e o domínio das ações no meio de campo, Moacir tentou corrigir o posicionamento da equipe, recuando Magalhães e formando um losango no meio, com Ademilson de centroavante e Fabinho de segundo atacante. O desenho tático ficou dessa forma, permanecendo assim até o final do primeiro tempo:

 

 

Essa mudança no desenho, na tentativa de equilibrar o meio de campo na etapa inicial, foi a única atitude tomada por Moacir diante de um Tupi fraco e com jeito de cansado, totalmente diferente do time aguerrido e batalhador da Série D e do Campeonato Mineiro. Vejo Moacir perdido, sem saídas táticas e estratégicas.

O treinador perdeu o comando da equipe, ficando sem clima, em minha opinião, para continuar no clube. Não atoa, e não somente por culpa do técnico, o Tupi foi para o vestiário perdendo de 1 a 0, um gol infantil que saiu após uma bobeira generalizada na área Carijó.

Depois de um primeiro tempo sofrível, deprimente e fraquíssimo no que tange aos aspectos técnicos e táticos, Moacir novamente fez o óbvio. Lançou Henrique e retirou Magalhães, colocando o time para jogar num 4-3-3 meio suicida e totalmente desordenado, o que empurrou o time para frente e abriu um rombo no meio de campo. Assim ficou o desenho tático do segundo tempo, que somente foi se alterar no final, quando Assis entrou no lugar de Alex:

 

 

O Galo até que melhorou, afinal, não tinha como ficar pior. O primeiro tempo foi péssimo. Na base do abafa, sem nenhuma jogada ensaiada ou resquício de padrão tático, conseguiu um gol de escanteio. Porém, logo depois, no rombo aberto pelo meio, levou o segundo e a equipe virou um verdadeiro bando. Michel foi expulso e o Caxias levava perigo constante ao gol de Rodrigo, contaminado pela incompetência do resto da equipe.

No finalzinho, o Tupi conseguiu um pênalti e empatou a partida. O empate, como declarado pelo próprio Moacir à Rádio Globo, foi um ótimo resultado diante da deprimente apresentação do time. É lógico que a equipe melhorou no segundo tempo, mas, mesmo assim, continuou muito abaixo daquilo que pode render, ainda mais jogando em casa.

Algumas lições ficaram para Moacir. Primeiramente, ele deve ter percebido que Michel está muito mal, não tendo mais condições físicas de jogar como lateral. Outro equívoco é insistir nesse 4-2-3-1 espaçado e que deixa Ademilson isolado no ataque, tirando volume de jogo ofensivo do time. Ademilson, aliás, não pode perder um gol como aquele no início do segundo tempo. Estava debaixo do gol. Capitão decepcionou naquela bola. Michel Cury precisa ser orientado sobre sua movimentação e Henrique não pode ser reserva nesse elenco.

Quem se salvou nessa partida foi a dupla de zaga (principalmente Ladeira), ponto forte da equipe. Salino, Fabinho e Alex também correram muito, sendo que os três se destacaram pela dedicação e luta em campo. No final da partida, Moacir tirou Alex contundido e colocou Assis jogando de falso zagueiro. Sem a bola, o jogador fazia a lateral direita. Com a bola, fazia o terceiro zagueiro para Silvio ficar na sobra. A ideia de jogar com três zagueiros pode ser uma boa saída tática para o difícil jogo contra o Vila Nova no Serra Dourada.

No mais, sobrou decepção e desespero. O time está mal, sem vontade, totalmente apático e irreconhecível. Moacir não tem conseguido dar padrão para o time, que se encontra num verdadeiro ostracismo tático. DESSE JEITO, FICAR NA SÉRIE C VAI SER LUCRO! Entretanto, continuo confiando e indo ao estádio! Jamais deixarei de cumprir minha obrigação de torcedor! Galoooooo! Abraço!

 

 

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira