Victor, te dar parabéns pelos belos textos, virou redundância e chavão!! uahuahuahuahuahuahuah...
O Texto ficou ótimo, e eu realmente gostei das atuações do Brasil, mesmo a Austrália sendo muito mais fraca que anos atrás, e Portugal sem a maior estrela, sim o tio Cristiano Ronaldo poderia ter complicado o jogo pro brasil no início quando a seleção portuguesa esteve melhor.
Dois questionamentos... sei que Bernard tem jogado bem e tal, mas não poderia ter dado oportunidade ao Lucas, que é muito mais jogador, se não joga bem na seleção, tenta mais um pouco, olha que eu acho q ele teve algumas participações importantes em gols da seleção no últimos tempos. Sabe tb que eu sou Hulk futebol clube, a ponta direita tem dono e ninguém tasca. Achei que o meio ficou melhor com L. Gustavao, Paulinho e Hernanes/Ramires (na minha opinião tiraria o Paulinho e ia de Ramires e Hernanes). Enfim acho que o time fica mais encorpado sem o Oscar... não acho que acrescenta muito!!
Abração
BRASIL 3 x 1 PORTUGAL: VITÓRIA CONVINCENTE E ATUAÇÃO DE GALA DE NEYMAR
O bom desempenho diante de Austrália e Portugal não encontra amparo principal no desenho tático. A questão precípua também não reside na qualidade técnica do elenco e nas belas atuações de Neymar, mas na manutenção da forma de jogar. Contra Portugal, a marcação pressão não foi tão intensa e o bloco nem sempre jogou no campo adversário, porém o Brasil, como declarou o próprio Felipão, vai sempre buscar a competitividade disputando a bola em cada pedaço do campo, ou seja, encurtando o espaço.
O time lusitano veio postado no 4-2-3-1, mas a marcação era realizada em linhas. Moutinho e Nélson Oliveira ficaram responsáveis pelo primeiro bote, enquanto a linha de meio tentava congestionar as investidas brasileiras. Já o Brasil repetiu o híbrido 4-1-4-1/4-3-3 que goleou e agradou contra a Austrália. Procurando sempre ser intenso na transição ofensiva, o time brasileiro abusou das jogadas laterais para clarear o centro de campo. Abaixo o painel tático da etapa inicial:
Brasil no 4-1-4-1/4-3-3 e Portugal no 4-2-3-1 que marcava em linhas: com a bola, Neymar e Bernard atuavam como ponteiros, sempre buscando a trinca com o volante e o lateral do setor. Ramires não brilhou porque Paulo Bento, de forma inteligente, colocou Raul Meireles para atuar em suas costas, o que prendeu o brasileiro no campo de defesa. Como Luiz Gustavo acompanhava Moutinho e Veloso ficou mais fixo para ajudar no cerco a Neymar, Paulinho ganhou liberdade e por muitas vezes se portou como um autêntico meia de ligação. Com Nani mais preso para cuidar de Maicon, o time português intensificou as jogadas pelo lado direito, o que incomodou o setor de marcação brasileiro.
Brasil na transição ofensiva: Luiz Gustavo mais preso para propiciar a sobra e continuar sendo o responsável pelo primeiro passe. Como os volantes Meireles e Veloso tinham que vigiar Paulinho e Ramires, Neymar e Bernard, ao fazerem a diagonal em velocidade, encontravam muito espaço na intermediária portuguesa. Portugal fez o primeiro aos 18’, após falha grotesca de Maicon e o Brasil empatou com Thiago Silva aos 23’. O golaço da virada, feito por Neymar aos 34’, nasceu, como demonstrado acima, de uma diagonal em velocidade. Com muito espaço entre a zaga e a linha de meio, o craque do Barcelona deitou e rolou em cima da lenta defesa portuguesa.
Portugal marcando em linhas, mas sem compactação, o que privilegiou a qualidade do time brasileiro.
Seleção Brasileira agrupada na transição defensiva. No flagrante, quase todos os jogadores estão aglomerados numa pequena faixa do campo, o que é um retrato fiel do futebol atual. Mesmo com a marcação pressão um pouco menos intensa, até pela fraca atuação do time de Paulo Bento, o Brasil sempre compactou os setores com eficiência e encurtou os espaços para retomar a bola e agredir em velocidade. Depois de sofrer o gol, a nova “família Scolari” parou de dar espaços na intermediária, causando um congestionamento com o encurtamento constante dos espaços.
O time de Scolari não atuou bem nos 20’ iniciais. Faltou movimentação e sobrou insistência com Neymar pela esquerda, o que facilitou a marcação. O gol sofrido acordou o Brasil. Após a virada, a Seleção engoliu o time português, subindo o bloco de marcação e agredindo com constância. O ponto negativo foi a violência demasiada dos lusitanos, que na pancada tentaram diminuir a patente disparidade técnica. Mas, felizmente, o Brasil jogou um futebol leve e não embarcou na violência. O time respondeu jogando bola.
Na segunda etapa, tivemos muitas substituições e uma descaracterização das nuances do jogo após os 15’, o que é normal em partidas amistosas. O time português se manteve fiel ao 4-2-3-1 que marcava em linhas até o final da partida, apesar das substituições. Já Felipão variou o desenho tático quando Oscar entrou no lugar de Ramires aos 15’ (atuando no 4-2-3-1) e remontou o esquema inicial, aos 24’, com a saída de Bernard e a entrada de Hernanes. Abaixo o painel tático da etapa complementar:
Na etapa final, Felipão aproveitou para realizar testes técnicos e táticos. Aos 15’, sacou Ramires e colocou Oscar centralizado, desenhando um 4-2-3-1 em campo. Entretanto, o Brasil só atuou no citado esquema por 10’. Logo depois, saiu Bernard para a entrada de Hernanes, redesenhando o treinador brasileiro o 4-1-4-1/4-3-3, muito mais eficaz na marcação por espelhar o 4-2-3-1 do rival. Paulo Bento tentou forçar uma pressão colocando dois homens de área e um meia na lateral direita, mas sem Cristiano Ronaldo faltou qualidade para sua equipe. O escrete canarinho acabou fazendo o terceiro gol aos 4’, em ótima enfiada de Neymar para Maxwell, que mergulhou no corredor e entregou de bandeja para Jô escorar. O Brasil montou uma espécie de linha torta com Oscar bem aberto e auxiliando bastante na recomposição, o que livrava Neymar somente para jogar na ponta oposta e também liberava Paulinho como elemento surpresa. No final, buscando fechar a equipe, Scolari colocou Henrique na vaga de Paulinho. O zagueiro do Palmeiras fez uma espécie de zagueiro/primeiro volante.
O Brasil conquistou outra vitória convincente e, independentemente dos nomes ou do desenho tático, enxergamos um time focado e atinente a forma de jogar proposta pelo seu treinador. Mesmo para os que não gostam de Felipão, chegou a hora de aplaudir um trabalho que em pouco tempo transformou uma equipe que tinha dificuldade em ser competitiva. Hoje, o Brasil está entre os grandes favoritos ao título mundial. Os maiores méritos? O foco na manutenção da forma de jogar e a união do elenco em torno de um objetivo grandioso. Abraço!
Victor Lamha de Oliveira
Tópico: BRASIL 3 x 1 PORTUGAL: VITÓRIA CONVINCENTE E ATUAÇÃO DE GALA DE NEYMAR
Enchendo o saco
Danilo Costa | 11/09/2013