Olá Carlos Henrique, tudo bom? Eu que tenho que agradecer seu carinho e seu respeito com o Painel Tático! Muito obrigado, de coração! Faço isso aqui por amor ao futebol, com todo o prazer do mundo! Ser reconhecido faz muito bem e me incentiva cada vez mais melhorar as análises do site! A casa é sua Carlos! Quero vê-lo sempre aqui1 Será um prazer!!! Movimentação e senso coletivo são duas características desse 4-2-3-1 do Oswaldo! Abraço
BOTAFOGO E A MOBILIDADE TÁTICA DE SEU 4-2-3-1
O time de Oswaldo foi tão elogiado pela crítica que hoje resolvi assistir a reprise do jogo na íntegra. Realmente, o Botafogo jogou muito contra o Vasco, sendo a mobilidade tática de seu 4-2-3-1 a fonte de onde emanou sua grande superioridade em campo. No início do ano, o Botafogo foi menosprezado por ser o único time grande do futebol carioca que não estava na Libertadores. Agora o alvinegro chega à final jogando um futebol mais vistoso e veloz do que o do Fluminense, sendo tão eficiente ou mais do que a equipe de Abel Braga. A invencibilidade do time na temporada foi justificada pela brilhante atuação contra o Vasco, perdido no seu 4-3-3 fraco pelo meio e com jogadores isolados no ataque. Oswaldo de Oliveira postou sua equipe dessa forma:
Renato Maurício Prado divulgou em seu blog, após a partida, post intitulado: “Botafogo trucida o Vasco”, onde sabiamente escreveu:
“(...) Enquanto o Glorioso usava e abusava das jogadas de velocidade, principalmente pelo lado direito da zaga cruz-maltina (uma autêntica avenida!), o Gigante da Colina se perdia em toques no meio-campo e pouca objetividade no ataque. Brilhante, contra o rubro-negro, Felipe não foi nem sombra do craque da partida anterior. Em contrapartida, Fellyppe Gabriel, escalado no lugar de Renato, garantia uma passagem rápida da bola da defesa para o ataque, sem comprometer o trabalho de marcação (...)”.
As jogadas pelo lado esquerdo e a transição rápida da pelota, da defesa para o ataque, tem sido uma tônica do Botafogo de Oswaldo. Ontem em especial, muito pelo caráter ofensivo da escalação, mas também pela mobilidade tática de seu 4-2-3-1. Enquanto o 4-2-3-1 do Fluminense está cada dia mais óbvio e estático, sem nenhuma variável tática e jogadores fora de posição, o desenho tático do Botafogo tem se destacado por um inteligente preenchimento de espaços entre as intermediárias.
No domingo, Fellype Gabriel recuou para substituir Renato, lesionado e cortado da partida. Sua movimentação e seu posicionamento coadunaram com a disposição tática da equipe e sua necessidade de jogar mais rápido com a bola. Como Renato Maurício Prado bem colocou, Fellype garantiu uma transição veloz da bola e não prejudicou na marcação. Mas cabe ressaltar que Renato também tem jogado assim, como uma espécie de volante-meia, que marca e sai para o jogo, formando algumas vezes uma linha de quatro na criação.
Ontem conversando com nosso grande Danilo Costa, ele havia me dito que percebia claramente a formação dessa linha de quatro na criação do Botafogo, desenhando em campo um verdadeiro 4-1-4-1. Parabéns Danilo, foi perfeita sua percepção do desenho. Realmente o Oswaldo tem dado liberdade para um dos volantes subir e surpreender o esquema defensivo do adversário, além de compactar melhor o time nas ações ofensivas e defensivas.
No duelo de domingo o Botafogo tinha um triângulo no meio de campo, sendo que este se deslocava de acordo com a circunstância da partida. Maicosuel era uma espécie de segundo atacante pela esquerda, se dedicando exclusivamente para as jogadas incisivas de ataque. Já Elkeson dividia sua atenção com a criação de jogadas, caindo pelo meio de vez em quando, chegando a formar no campo, em algumas situações, o desenho de um 4-2-2-2 torto. São essas variáveis circunstanciais do desenho tático que tem dificultado os adversários do Fogão. Hoje, o time de Oswaldo de Oliveira joga o melhor futebol do Rio de Janeiro. Alguém discorda? Abraço!
Victor Lamha de Oliveira